BRUXELAS (AP) – O antigo chefe de política externa da União Europeia demitiu-se quinta-feira do cargo de chefe de um prestigiado instituto de estudos europeus, depois de se envolver numa investigação de fraude.
Federica Mogherini anunciou em comunicado que deixaria o cargo de Reitora do Colégio da Europa, com sede em Bruges, Bélgica, e de Diretora da Academia Diplomática da União Europeia.
Mogherini não explicou o motivo da sua demissão, dizendo apenas que o fez “com a máxima disciplina e integridade com que sempre desempenhei as minhas funções”.
“Estou orgulhosa do que alcançamos juntos e profundamente grata pela confiança, respeito e apoio que os alunos, professores, funcionários e ex-alunos da Faculdade e da Academia demonstraram e continuam a demonstrar”, disse ela.
Mogherini foi detido para interrogatório na terça-feira, depois de as autoridades belgas terem invadido os escritórios do serviço diplomático da UE em Bruxelas e o colégio em Bruges.
Mogherini, uma alta funcionária universitária e alta funcionária da Comissão Europeia, foi interrogada pela polícia judiciária federal da Bélgica e posteriormente libertada porque não foi considerada um risco de fuga, disse o Ministério Público Europeu.
“As acusações dizem respeito a fraude e corrupção em compras, conflito de interesses e violação de sigilo profissional”, afirmou o Ministério Público.





