A argila é um dos materiais mais comuns na Terra. De acordo com o site da empresa, a Holcim, uma empresa internacional de construção e materiais de construção, está capitalizando esta abundância ao usar “argila calcinada” para produzir cimento forte que é melhor para as pessoas e para o planeta.
Como aponta o site, as reações químicas durante a produção do cimento convencional liberam poluentes de carbono na atmosfera, aquecendo o planeta. No entanto, a empresa afirma que existe uma forma de melhorar os ingredientes e reduzir pela metade a poluição prejudicial, sem sacrificar a resistência do material de construção.
O uso de argila calcinada pela Holcim – argila natural aquecida a altas temperaturas – substitui parcialmente um ingrediente do cimento chamado “clínquer”. O clínquer é produzido pelo aquecimento do calcário, processo responsável por grande parte da poluição de carbono produzida nas fábricas de cimento.
Segundo Holcim, um produto que contém argila calcinada é um cimento que se mistura e endurece normalmente, e é igualmente durável e resiliente quando vazado. No entanto, o processo de produção de cimento não aumenta as temperaturas globais tanto quanto os métodos convencionais.
Isto, por sua vez, significa que contribui menos para a criação de condições para o aumento de fenómenos climáticos extremos, como incêndios, inundações e secas, que ameaçam a vida das pessoas.
A produção de cimento na Holcim está ganhando impulso. Segundo a empresa, em 2023 foi ampliada a primeira nova linha de produção na Europa para produção de cimento calcinado. A Holcim pretende que esta fábrica localizada em Saint-Pierre-la-Cour, França, produza 500.000 toneladas de argila calcinada por ano até 2030.
Uma iniciativa semelhante está a ser desenvolvida na fábrica da empresa na República Checa. No total, a Holcim produz argila calcinada em nove fábricas na Europa, América Latina e Norte da África. Segundo a Holcim, a maior operação acontece em Guayaquil, no Equador, onde a produção será de 2 milhões de toneladas de material por ano.
O cimento Holcim é atualmente usado em canteiros de obras em todo o mundo. Já construiu a estrutura básica do estádio olímpico em Marselha, na França, um complexo de escritórios em Milão, na Itália, e um prédio de apartamentos em Cancún, no México.
Novos desenvolvimentos podem invadir habitats naturais importantes e perturbar os ecossistemas locais. Mas as mudanças que ajudam a estruturar a indústria da construção reduzem o seu impacto global.
A Holcim prova que produzir cimento com menos poluição por carbono também pode ser uma jogada empresarial inteligente, uma vez que o seu compromisso com materiais de construção sustentáveis gera lucros. Segundo Rémi Barbarulo, diretor de pesquisa e desenvolvimento de cimento da Holcim, as vendas de cimento à base de argila calcinada aumentaram no primeiro semestre de 2025.




